quinta-feira, 30 de maio de 2013
Se a vida fosse perfeita
Por Tiago Barreto tiago_barreto@hotmail.comSe a vida fosse perfeita… ...
toda cidade seria uma ilha paradisíaca ...
toda praia teria altas ondas ...
toda onda seria a melhor da nossa vida ...
toda noite teríamos insônia lembrando do surf daquele dia ...
toda música teria o som do mar ...
aquela mina gata seria nossa para sempre ...
todo dia surfaríamos só com os amigos naquele secret spot ...
todo dia surfaríamos admirando um pôr do sol animal ...
toda onda duraria no mínimo uns dois minutos ...
o flat não existiria (nem no verão) ...
a droga do crowd nunca estaria perto da gente ...
toda vaca valeria a pena...
nunca precisaríamos nos preocupar em trocar de prancha ...
o cara que conserta pranchas nunca ficaria doente ...
o leash nunca estouraria naquele mar glassy ...
nunca faltaria dinheiro para abastecer o carro antes de sair para uma trip... não existiria tubarão ...
a água nunca seria supergelada ...
aquele tronco não apareceria na nossa frente bem no meio do drop daquela onda cavernosa ...
nunca acordaríamos doentes naquela manhã de altas ondas ...
todo mundo seria surfista ...
o mundo seria só paz ...
eu estaria surfando agora ao invés de estar perdendo meu tempo escrevendo essas coisas.
É... acho que o mundo não é perfeito.
O valor do surf
Por Luisa Guirado Caramicoli luisagc@zipmail.com.br
Dennis, um garoto de 13 anos, adorava ir surfar com seus amigos. Numa dessas vezes, o primo de um dos garotos da turma perguntou a ele qual era a graça de surfar.
Claro, e obviamente, ele não dropava. Dennis, na hora ficou meio perdido, mas respondeu com toda sinceridade: "Não é questão de graça, é questão de gosto. Eu gosto muito. Gosto quando estou indo para praia, passo parafina em minha prancha e me vem aquele cheirinho. Gosto quando estou em caminho da praia, descalço, livre, só com a minha prancha. Gosto quando chego na praia, onde tudo é bonito. Gosto de observar o mar e de sentir algo bom, muito bom quando entro no mar.
E depois, a sensação boa de abraçar a prancha, deslizar um pouquinho e ficar de pé. Fora também que eu amo muitíssimo o surf, e sem ele não vivo. A cada momento, a cada onda, a cada segundo, me sinto muito seguro e muito bem acompanhado. O surf é minha vida".
Se o garoto entendeu, eu não sei, mas Dennis mostrou um pouco do sentimento dele com relação ao surf. Espero que ele não tenha só demonstrado o valor do surf ao primo de seu amigo, mas também a você!
A magia do surf
Por Eduardo Stryjer edustryjer@uol.com.br
Feriado prolongado. Os dois dias que antecedem são praticamente "mortos". No ambiente de trabalho, os amantes do surf sempre dão um jeito de checar as condições do mar. Os endereços virtuais são os responsáveis pelo nível de ansiedade dos surfistas. Se um swell com boas condições de onda é detectado pela previsão, a adrenalina já começa a correr no sangue. A vontade de estar na água é grande. E aumenta ainda mais quando as fotos provam que as ondas estão quebrando perfeitas. Enquanto tudo isso acontece, você observa, através do computador do escritório, a natureza mostrando suas forças. Já que não há nada a fazer, a solução é pôr a imaginação para funcionar e viajar nas fotos, ou seja, "surfar mentalmente", como cita o grande guerreiro Taiu em seu livro "Alma Guerreira".
Já na véspera, a mesma cena se repete. O horário de almoço é substituído por um lanche rápido e o tempo restante é reservado para a Internet. As horas passam devagar, os ponteiros parecem estáticos. Porém, o momento de cair na estrada está cada vez mais próximo. Antes mesmo de acabar o tempo disponível de almoço, os contatos são feitos. A barca para o feriadão já está praticamente fechada. No final do expediente, só restam as bagagens e as "comprinhas" para curtir os belos dias que estão por vir. Trânsito? Isso é o de menos, apenas um detalhe para quem tem somente uma coisa na cabeça, ou melhor, um destino: as ondas.
Esses dizeres acima são só uma breve reflexão de como esse esporte, que possui uma magia inexplicável, conquista e domina seus praticantes, mesmo (e principalmente) quando estão longe das praias. Isso não serve apenas para os feriados, mas também para os finais de semana em que a fissura toma conta. Agora pergunto: O que a essência do surf é capaz? Nem nós sabemos. Aposto que cada surfista tem uma história para contar sobre as loucuras que já fez por um dia de surf, como dormir cedo no dia da balada do ano, desmarcar compromissos sérios de trabalho para fazer um bate-volta de última hora entre outras maluquices, onde só quem é tomado por essa magia sabe.
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