quinta-feira, 30 de maio de 2013

A magia do surf
Por Eduardo Stryjer edustryjer@uol.com.br


Feriado prolongado. Os dois dias que antecedem são praticamente "mortos". No ambiente de trabalho, os amantes do surf sempre dão um jeito de checar as condições do mar. Os endereços virtuais são os responsáveis pelo nível de ansiedade dos surfistas. Se um swell com boas condições de onda é detectado pela previsão, a adrenalina já começa a correr no sangue. A vontade de estar na água é grande. E aumenta ainda mais quando as fotos provam que as ondas estão quebrando perfeitas. Enquanto tudo isso acontece, você observa, através do computador do escritório, a natureza mostrando suas forças. Já que não há nada a fazer, a solução é pôr a imaginação para funcionar e viajar nas fotos, ou seja, "surfar mentalmente", como cita o grande guerreiro Taiu em seu livro "Alma Guerreira".
Já na véspera, a mesma cena se repete. O horário de almoço é substituído por um lanche rápido e o tempo restante é reservado para a Internet. As horas passam devagar, os ponteiros parecem estáticos. Porém, o momento de cair na estrada está cada vez mais próximo. Antes mesmo de acabar o tempo disponível de almoço, os contatos são feitos. A barca para o feriadão já está praticamente fechada. No final do expediente, só restam as bagagens e as "comprinhas" para curtir os belos dias que estão por vir. Trânsito? Isso é o de menos, apenas um detalhe para quem tem somente uma coisa na cabeça, ou melhor, um destino: as ondas. 
Esses dizeres acima são só uma breve reflexão de como esse esporte, que possui uma magia inexplicável, conquista e domina seus praticantes, mesmo (e principalmente) quando estão longe das praias. Isso não serve apenas para os feriados, mas também para os finais de semana em que a fissura toma conta. Agora pergunto: O que a essência do surf é capaz? Nem nós sabemos. Aposto que cada surfista tem uma história para contar sobre as loucuras que já fez por um dia de surf, como dormir cedo no dia da balada do ano, desmarcar compromissos sérios de trabalho para fazer um bate-volta de última hora entre outras maluquices, onde só quem é tomado por essa magia sabe.



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